O mercado de alimentos plant-based deixou de ser uma tendência isolada para se tornar uma realidade consolidada no Brasil. Em 2023, o setor movimentou mais de R$ 1,1 bilhão apenas com substitutos vegetais de carnes e frutos do mar, representando um crescimento expressivo de 38% em relação ao ano anterior, com aumento de 22% no volume total de produtos vendidos, segundo dados da Euromonitor compartilhados pelo GFI Brasil.
Além disso, o mercado de leites vegetais cresceu 9,5% no mesmo período, alcançando R$ 673 milhões, confirmando a aceitação crescente em categorias do dia a dia. Esse crescimento sustentado vem ocorrendo desde 2021, quando as vendas de alternativas vegetais à carne aumentaram 30% em relação a 2020.
As projeções são ainda mais otimistas: “prevê-se que o setor supere R$ 2,2 bilhões em vendas até 2026, e os dados mais recentes indicam que estamos no caminho para superar essa estimativa”, conforme afirma Vinícius Gallon, gerente de comunicação do GFI Brasil.
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Por que os alimentos Plant-Based são importantes para a alimentação e o planeta
Os benefícios dos alimentos plant-based vão muito além da alimentação saudável, representando uma resposta concreta às preocupações ambientais, ao bem-estar animal e à busca por modelos mais sustentáveis de produção.
Impacto ambiental positivo:
- A produção de proteínas vegetais utiliza, em média, 75% menos terra e 50% menos água
- Emite significativamente menos gases de efeito estufa em comparação à produção de carne convencional
- Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), quando uma pessoa abre mão de consumir produtos de origem animal em apenas um dia da semana, ela deixa de emitir 14 kg de gás carbônico na atmosfera e economiza 3,4 mil litros de água
Benefícios para a saúde:
- Dietas com maior presença de alimentos vegetais estão associadas à redução de:
- Hipertensão
- Diabetes tipo 2
- Problemas cardiovasculares
Não surpreende que 36% dos brasileiros que reduziram o consumo de carne o fizeram por preocupações com a saúde, conforme pesquisa do GFI Brasil.
Fonte: GFI Brasil, Pesquisa ‘O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based 2023/2024’ e Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).
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O consumidor brasileiro de produtos Plant-Based: Quem é e o que busca?
Para desenvolver produtos plant-based de sucesso, é essencial entender quem são os consumidores e o que eles valorizam. Estudos recentes revelam um perfil interessante do mercado brasileiro:
Perfil do consumidor:
- 67% dos brasileiros diminuíram o consumo de carne em 2022, um aumento de 17 pontos percentuais em relação a 2020
- Quatro em cada dez brasileiros consomem alternativas plant-based pelo menos três vezes por semana
- 26% consomem carnes vegetais mensalmente, enquanto 48% consomem alternativas vegetais ao leite e derivados
- 58% afirmam que sabor e textura similares ao produto original são fatores decisivos na compra
Motivações para a redução do consumo de carne:
- Aumento do preço da carne
- Preocupação com a saúde
- Melhorias na digestão
- Redução do colesterol
- Perda de peso
Fonte: GFI Brasil, “O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based 2022/2023” e Food Connection, “Mercado Plant-Based: Tendências para 2025”.
O público flexitariano (que reduz o consumo de produtos de origem animal sem eliminá-los completamente) é o principal impulsionador desse mercado. Isso indica uma oportunidade valiosa para produtos que ofereçam experiências sensoriais satisfatórias sem necessariamente apelar apenas para o público vegano ou vegetariano.
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As marcas que lideram o mercado Plant-Based no Brasil
O cenário brasileiro de alimentos plant-based conta com um mix de grandes players tradicionais e marcas especializadas inovadoras:
Ranking das marcas mais consumidas:
- Sadia – Com a linha Veg&Tal
- Seara – Com a linha Incrível
- Ades
- Perdigão
- Nestlé
- Fazenda do Futuro
- Vida Veg
- A Tal da Castanha
Fonte: Pesquisa nacional realizada pela Foodtest, 2024.
Em 2024, cinco marcas brasileiras ganharam reconhecimento internacional na lista World’s Best Brands, elaborada pela revista TIME em parceria com a Statista, nas categorias de substitutos de carne e produtos orgânicos:
- Incrível (Seara)
- Fazenda Futuro
- Açougue Vegano
- Vegabom
- A Tal da Castanha
Fonte: TIME e Statista, “World’s Best Brands 2024”, conforme reportado pelo Vegan Business.
Estratégias de sucesso:
- Sadia Veg&Tal (BRF): Combinou distribuição nacional, branding consolidado e reformulação contínua de receitas para melhorar sabor e textura.
- Seara Incrível (JBS): Investiu pesado em P&D, criando uma linha robusta que inclui hambúrgueres, nuggets e carne moída vegetal, com o apelo de “mesmo sabor, nova origem”.
- Fazenda do Futuro: Marca 100% plant-based com forte presença digital, comunicação jovem e parcerias estratégicas com redes de food service.
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O Papel da Análise Sensorial no desenvolvimento de produtos Plant-Based
Um dos maiores desafios no setor plant-based é garantir que os produtos entreguem experiências sensoriais satisfatórias e semelhantes aos alimentos de origem animal. A análise sensorial é uma ferramenta estratégica fundamental nesse processo.
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Por que a Análise Sensorial é crucial:
- Produtos que falham em sabor, textura ou aparência raramente têm uma segunda chance com o consumidor
- A Euromonitor aponta o Brasil como o 4º país no ranking das nações que mais consomem alimentos saudáveis
- 58% dos consumidores consideram sabor e textura similares ao produto original como fatores determinantes de compra
Fonte: Euromonitor International, “Top Countries for Health Food Consumption 2024”.
Como a Análise Sensorial contribui para o sucesso dos produtos alimentícios:
- Identifica quais fórmulas têm maior aceitação
- Permite comparação direta com produtos concorrentes
- Ajuda a ajustar detalhes como intensidade de sabor, suculência e textura
- Reduz significativamente o risco de rejeição pós-lançamento
Testes como Home Use Test (HUT) e testes cegos com consumidores reais podem evitar investimentos equivocados e acelerar inovações com maior chance de sucesso no mercado.
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Tendências e inovações no mercado mundial e brasileiro
O mercado plant-based global e brasileiro está em constante evolução. Conhecer as principais tendências pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de novos produtos:
Tendências globais em destaque:
- Fermentação de precisão para melhorar sabor e textura
- Diversificação de proteínas além da soja, como grão-de-bico, lentilha, feijão e ervilha
- Produtos híbridos que combinam ingredientes vegetais e proteínas cultivadas
- Rotulagem clean label como diferencial de valor
- Laticínios alternativos em expansão, com crescimento notável em:
- Sorvetes congelados: US$ 351 milhões em 2023
- Iogurtes: US$ 384 milhões em 2023
- Manteigas: US$ 284 milhões em 2023
- Queijos: US$ 219 milhões em 2023
Fonte: Euromonitor International/Food Connection, “Mercado Plant-Based: 8 Principais Tendências para 2025”.
Tendências no Brasil:
- Ampliação do portfólio para além dos substitutos de carne, incluindo snacks, sobremesas e laticínios
- Nacionalização de insumos para reduzir dependência de importações e baratear produtos
- Investimento em P&D para desenvolver produtos com melhor perfil nutricional
- Parcerias estratégicas entre foodtechs e grandes empresas do setor alimentício
- Expansão para food service além do varejo tradicional
O consumidor brasileiro está mais informado e exigente, buscando variedade, qualidade sensorial e transparência na comunicação.
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Desafios e oportunidades para marcas no setor Plant-Based
Apesar do crescimento acelerado, o setor plant-based enfrenta desafios significativos que se traduzem em oportunidades para empresas preparadas:
Principais desafios:
- Preço elevado dos produtos em comparação às opções convencionais
- Dependência de ingredientes importados que encarecem a produção
- Barreiras sensoriais, especialmente em sabor e textura
- Desafios de comunicação sobre os diferenciais dos produtos
- Escalabilidade da produção para atender demanda crescente
Fonte: GFI Brasil, “Desafios e Oportunidades no Mercado Plant-Based 2024”.
Oportunidades promissoras:
- Desenvolvimento de ingredientes locais para reduzir custos
- Criação de produtos nutritivos com perfil “clean label”
- Expansão para novas categorias além de substitutos de carne
- Democratização do acesso com produtos mais acessíveis
- Educação do consumidor sobre benefícios e versatilidade
O Brasil possui vantagens competitivas únicas para liderar esse mercado, incluindo grande produção de grãos e leguminosas, celeiro de foodtechs renomadas, e presença de gigantes da indústria frigorífica investindo no setor.
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Conclusão: O futuro da alimentação Plant-Based no Brasil
O crescimento dos alimentos plant-based no Brasil representa muito mais que uma tendência passageira de consumo. É uma transformação cultural, tecnológica e de mercado, impulsionada por consumidores cada vez mais conscientes sobre impactos ambientais, saúde e bem-estar animal.
Até 2026, projeta-se que o setor ultrapasse R$ 2,2 bilhões em vendas no Brasil, consolidando-se como um pilar estratégico da indústria alimentícia. A geração Z (nascidos a partir de 1995) tem influenciado significativamente esse movimento, enquanto a Geração Alpha (2010-2025) deve redefinir o consumo na próxima década, priorizando sustentabilidade e ética ainda mais intensamente.
As empresas que se destacarão nesse futuro serão aquelas capazes de:
- Entregar experiências sensoriais satisfatórias
- Comunicar claramente seus diferenciais
- Inovar constantemente em produtos e processos
- Democratizar o acesso com preços mais acessíveis
- Investir em pesquisa e desenvolvimento local
Fonte: Euromonitor/GFI Brasil, “Projeções do Mercado de Alimentos Plant-Based 2023-2026”.
É importante saber: acertar nesse mercado exige mais do que boas intenções — exige dados, testes, validação e escuta ativa dos consumidores.
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