Co-Branding na indústria de alimentos: o papel da análise sensorial

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Co-Branding na indústria de alimentos: o papel da análise sensorial

Co-branding é uma estratégia de marketing em que duas ou mais marcas se unem para criar um produto ou serviço colaborativo, combinando suas forças e recursos. O objetivo é gerar mais valor para os consumidores, ao mesmo tempo em que as empresas envolvidas podem acessar novos públicos e expandir sua presença no mercado. Essa prática é bastante comum na indústria de alimentos, onde a fusão de marcas conhecidas pode resultar em inovações atraentes e experiências sensoriais mais ricas.

Historicamente, o co-branding surgiu como uma maneira de as empresas enfrentarem a crescente concorrência no mercado global. A primeira vez que o termo “co-branding” foi amplamente utilizado foi na década de 1950, mas só nos anos 90 essa estratégia começou a ganhar destaque, principalmente no setor alimentício e de bens de consumo. Ao longo dos anos, o co-branding tem sido uma poderosa ferramenta para impulsionar a inovação de produtos, tornando-se uma prática cada vez mais popular entre marcas que desejam se destacar.

Hoje, co-branding vai além de apenas criar um produto; é sobre a experiência sensorial que as marcas podem oferecer juntas. Na indústria alimentícia, a análise sensorial desempenha um papel fundamental na criação de produtos colaborativos que não apenas geram valor de marca, mas também entregam uma experiência gastronômica única e memorável.

Como a análise sensorial contribui para o co-branding

No co-branding, as duas marcas fundem seus produtos, e no setor alimentício, isso vai além do marketing. As empresas devem garantir que o produto final ofereça uma experiência sensorial agradável. A análise sensorial avalia como os consumidores percebem os sabores, texturas, aromas e a aparência de um produto co-branded. Com esses dados, as marcas ajustam suas formulações para criar um produto sensorialmente equilibrado e amplamente aceito.

Exemplo prático: Imagine uma colaboração entre uma marca de biscoitos e uma marca de chocolate. A análise sensorial pode ser usada para determinar se a textura crocante do biscoito complementa a suavidade do chocolate, garantindo que a combinação agrade o consumidor e não cause estranheza sensorial.


O que explorar no mercado para co-branding

Antes de definir um parceiro para co-branding, é essencial realizar uma pesquisa profunda sobre o público-alvo e as preferências sensoriais. A análise sensorial pode fornecer insights valiosos sobre quais sabores ou combinações são mais apreciados. Marcas devem buscar sinergias sensoriais, onde a combinação de produtos de duas marcas diferentes cria uma experiência sensorial mais rica do que cada produto ofereceria isoladamente.

Etapas necessárias para a realização de uma pesquisa de mercado profunda

Para garantir o sucesso de uma estratégia de co-branding, é essencial realizar uma pesquisa de mercado detalhada que ajude a identificar as melhores oportunidades e parceiros.

Abaixo estão as principais etapas que devem ser seguidas para uma pesquisa de mercado eficaz:

1. Definição dos objetivos da pesquisa

Antes de iniciar qualquer pesquisa, é fundamental definir claramente os objetivos. A empresa deve entender o que espera descobrir com a pesquisa, como tendências de mercado, preferências sensoriais dos consumidores ou possíveis sinergias entre as marcas. Esses objetivos guiarão todo o processo de coleta e análise de dados. Conheça o papel das tendências de mercado no co-branding! Veja como entender o comportamento do consumidor.

2. Análise de mercado e tendências

Essa etapa envolve o estudo das tendências atuais e futuras no setor alimentício, com foco em produtos co-branded. Isso pode incluir a análise de dados de consumo, preferências emergentes (como alimentos saudáveis ou indulgentes), e o comportamento de compra de diferentes segmentos de consumidores. A análise sensorial pode ser aplicada para entender o que os consumidores esperam em termos de sabor, textura e outras características sensoriais em produtos colaborativos.

3. Identificação do público-alvo

Entender o perfil demográfico e psicográfico do público-alvo é essencial. Com base nessa análise, as marcas podem definir quais consumidores estarão mais dispostos a comprar o produto co-branded. Ferramentas de segmentação de mercado podem ajudar a identificar grupos de consumidores com perfis sensoriais semelhantes.

4. Avaliação dos concorrentes

Uma etapa crucial é identificar quem são os concorrentes e analisar seus produtos, estratégias e falhas. Isso inclui entender quais produtos co-branded já existem no mercado e como eles são percebidos pelos consumidores. O desempenho de produtos similares pode fornecer informações valiosas sobre o que funciona e o que deve ser evitado.

5. Testes de produto e análise sensorial

A análise sensorial deve ser aplicada para testar várias versões do produto antes do lançamento. O objetivo é entender a percepção do consumidor em relação ao sabor, textura, aroma e aparência do produto co-branded. A coleta de feedback sensorial ajudará a ajustar a fórmula e garantir que o produto final seja bem aceito. Quer saber mais sobre como as percepções sensoriais influenciam o consumidor? Confira nosso artigo sobre Como a análise sensorial pode impactar o sucesso do seu produto.

6. Coleta e análise de dados

Após coletar os dados sensoriais e de mercado, a etapa final é analisar essas informações para identificar padrões e insights acionáveis. O uso de ferramentas de inteligência artificial e dashboards interativos pode facilitar a análise e visualização dos resultados, ajudando a definir a estratégia de mercado para o lançamento do produto.

Desafios e obstáculos para o co-branding

Embora o co-branding ofereça grandes oportunidades, marcas enfrentam vários desafios ao desenvolver produtos colaborativos. Porém, é possível superar muitos desses obstáculos aplicando estudos sensoriais com consumidores. A seguir, apresentamos os oito principais desafios e como os estudos sensoriais podem ajudar a resolvê-los.

1. Compatibilidade de sabores e texturas

Um dos maiores desafios no co-branding alimentício é garantir que os produtos das duas marcas se complementem de forma sensorial, especialmente em termos de sabor e textura. Por exemplo, a combinação de um biscoito crocante com um recheio cremoso pode não agradar a todos os consumidores. A análise sensorial permite testar essas combinações antecipadamente e ajustar a formulação com base no feedback dos consumidores, assegurando que a experiência final seja harmoniosa. Descubra como ajustar a formulação de produtos colaborativos! Saiba mais sobre alteração de fórmulas e aceitação sensorial.

2. Alinhamento de expectativas do consumidor

As duas marcas envolvidas em um co-branding podem ter diferentes expectativas de seus consumidores. Produtos que unem essas marcas precisam atender às expectativas de ambos os públicos. A aplicação de pesquisas sensoriais pode identificar quais atributos sensoriais são mais valorizados e como criar uma experiência que satisfaça ambas as bases de consumidores.

3. Percepção de valor do produto

O desafio é garantir que os consumidores percebam valor no produto co-branded, especialmente quando seu preço é superior ao dos produtos individuais de cada marca. As marcas podem realizar estudos com consumidores para testar a aceitação do preço e a percepção do valor agregado. Esses estudos ajudam a medir a disposição dos consumidores em pagar mais por uma experiência sensorial diferenciada, permitindo que as marcas ajustem suas estratégias de precificação e comunicação de valor de forma mais eficaz.

4. Posicionamento no mercado

Definir o posicionamento correto de um produto co-branded pode ser complicado. Estudos com consumidores permitem avaliar como o produto é percebido e como ele se posiciona em relação a produtos concorrentes no mercado. Através de testes sensoriais, as empresas podem garantir que o produto tenha um apelo claro e único.

5. Resistência à mudança

O consumidor pode ser resistente a inovações, especialmente quando se trata de dois produtos familiares que são combinados. A realização de estudos sensoriais com consumidores pode ajudar a identificar possíveis rejeições antecipadamente, permitindo ajustes e um lançamento mais eficaz.

6. Coerência da identidade das marcas

No co-branding, é fundamental que o produto final mantenha a identidade de ambas as marcas. No entanto, garantir a coesão sensorial de elementos de marcas diferentes pode ser difícil. Estudos com consumidores ajudam a medir se o produto final reflete positivamente os valores e a identidade de ambas as marcas, criando uma experiência sensorial que ressoe com seus públicos.

7. Satisfação com o produto final

As expectativas dos consumidores podem ser diferentes do resultado final do produto co-branded. Através de pesquisas sensoriais, é possível medir a aceitação geral do produto antes do lançamento oficial, realizando os ajustes necessários para aumentar a satisfação.

8. Inovação sensorial

Muitas vezes, marcas que se unem em co-branding buscam inovar no mercado, oferecendo uma experiência única. No entanto, inovar pode ser arriscado se a inovação não for bem recebida. Testes sensoriais com consumidores podem ajudar a validar essas inovações, garantindo que elas sejam bem aceitas e que os consumidores percebam o novo produto como uma evolução das marcas. Está pensando em criar um produto co-branded inovador? Explore dicas de inovação no nosso post sobre benchmarking para novos produtos.


Cases de sucesso de empresas do setor alimentício que fizeram Co-Branding em 2024 no Brasil

O Boticário e Bubbaloo – Em 2024, O Boticário, uma das maiores empresas de cosméticos do Brasil, lançou uma edição limitada de produtos da linha “Cuide-se Bem” em parceria com Bubbaloo, a icônica goma de mascar. Essa collab trouxe fragrâncias inspiradas no sabor de tutti frutti da Bubbaloo, despertando nostalgia nos consumidores e se tornando um sucesso imediato. Os produtos incluíam sabonetes, hidratantes e até gloss labial, conquistando não só os fãs de cosméticos, mas também amantes de doces.

Quem disse, Berenice? e 7Belo – Outra parceria de sucesso foi entre a marca de cosméticos “Quem disse, Berenice?” e a bala 7Belo, da Arcor. O lançamento de uma linha de maquiagens inspiradas no aroma de framboesa, característica da bala 7Belo, gerou grande engajamento nas redes sociais. A campanha utilizou cores vibrantes e embalagens que remetiam à icônica bala, agradando tanto o público jovem quanto os nostálgicos.

Bauducco e Fini – Nessa colaboração, a Bauducco combinou seus tradicionais cookies com as icônicas balas de dentadura da Fini, criando uma nova experiência sensorial. A análise sensorial foi essencial para garantir que a crocância do cookie da Bauducco e a textura única das balas Fini se complementassem, resultando em um produto harmonioso e agradável aos consumidores, sem causar estranheza.

    Esses exemplos mostram que o co-branding, quando bem executado, pode criar produtos inovadores, atender a novos públicos e gerar grande retorno financeiro. Além disso, essas parcerias reforçam o posicionamento das marcas no mercado, criando produtos que vão além da oferta tradicional, transformando a experiência de compra dos consumidores.

    Conclusão

    O co-branding na indústria de alimentos oferece uma oportunidade poderosa para as marcas combinarem forças e alcançarem resultados inovadores no mercado. As marcas não só expandem seu alcance, mas também proporcionam aos consumidores uma experiência sensorial única, essencial no setor alimentício. Utilizando a análise sensorial, as empresas garantem que seus produtos co-branded atendam às expectativas emocionais e sensoriais do público.

    Estudos com consumidores ajudam as marcas a superar desafios, como a compatibilidade de sabores e a percepção de valor, otimizando o sucesso no mercado. Em 2024, o co-branding continua sendo uma estratégia valiosa no Brasil, criando produtos inovadores e colaborativos que conquistam o público em um mercado competitivo.

    Fique de olho no nosso blog para mais insights sobre co-branding e análise sensorial e como essas estratégias podem moldar o futuro da indústria alimentícia.

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