A alteração de fórmula é uma estratégia cada vez mais utilizada pelas empresas do ramo alimentício, seja pela exigência do mercado ou pela busca de redução de custos. Entretanto, é de extrema importância que ela seja realizada com muito cuidado, para que não impacte negativamente no consumidor final.

Neste artigo, você irá conhecer quais razões levam as empresas a aderirem a essa estratégia, os desafios presente na análise sensorial, os métodos de avaliação utilizados e, ao final, algumas dicas exclusivas da FOODTEST. Prossiga com a leitura e confira!

Quais as Razões que Levam uma Empresa a Utilizar a Alteração de Fórmula em um Produto?

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A alteração de fórmula em um produto alimentício pode ser motivada por diversas razões, entretanto, sendo sempre uma decisão estratégica que as empresas tomam com base em vários fatores. 

Confira a seguir algumas das principais razões!

1 – Inovação e Desenvolvimento de Produtos

Empresas frequentemente buscam inovações para atender às demandas do mercado e às preferências do consumidor. A modificação da fórmula pode envolver a introdução de novos ingredientes, tecnologias ou processos para melhorar a qualidade, sabor ou nutrição do produto.

2 – Custos de Produção

Flutuações nos custos de matérias-primas podem motivar as empresas a ajustar suas fórmulas para otimizar os custos de produção. Isso pode incluir a substituição de ingredientes mais caros por alternativas mais acessíveis, sem comprometer significativamente a qualidade do produto.

3 – Atendimento a Regulamentações

Mudanças nas regulamentações governamentais relacionadas à segurança alimentar, rotulagem ou saúde podem exigir ajustes na formulação de um produto. 

Lembre-se: as empresas precisam garantir que seus produtos estejam em conformidade com as normas e leis vigentes.

4 – Sazonalidade e Disponibilidade de Ingredientes

Variações sazonais na disponibilidade de certos ingredientes podem influenciar a decisão de modificar a fórmula. As empresas podem ajustar as formulações para garantir a consistência do produto ao longo do ano, mesmo quando a disponibilidade de certos ingredientes varia sazonalmente.

5 – Melhoria na Estabilidade e Vida Útil

Modificações na fórmula podem ser realizadas para melhorar a estabilidade do produto e prolongar sua vida útil. 

Atenção: tal ponto é especialmente importante em setores onde a durabilidade do produto é um fator crítico.

6 – Ajustes para Preferências do Consumidor

Mudanças nas preferências e demandas do consumidor podem motivar adaptações na fórmula de um produto. Dessa forma, algo assim pode incluir a redução de certos ingredientes, como açúcar ou gordura, em resposta a uma tendência de saúde ou a inclusão de ingredientes considerados mais saudáveis.

7 – Atualização de Tecnologia de Produção

A adoção de novas tecnologias de produção pode exigir ajustes na fórmula para garantir a compatibilidade com os novos processos, podendo resultar em melhorias na eficiência da produção e na consistência do produto final.

8 – Competição no Mercado

Para se manterem competitivas, as empresas podem ajustar suas fórmulas para oferecer produtos que se destaquem no mercado. Isso pode envolver a adição de ingredientes exclusivos, a melhoria do sabor ou a diferenciação de outros aspectos sensoriais.


Quais os Desafios na Manutenção da Qualidade Sensorial em uma Alteração de Fórmula?

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A introdução de novos ingredientes, ajustes nas proporções ou qualquer modificação na fórmula pode impactar diretamente as características sensoriais do produto. 

Por isso, é essencial que as empresas estejam por dentro de todos esses desafios, para que assim elas consigam alterar produtos sem que causem rejeição por parte dos consumidores. Saiba mais abaixo!

1 – Mudança no Sabor

Alterações nos ingredientes, suas origens ou proporções podem afetar diretamente o sabor do produto. 

#FoodtestRessalta: manter a consistência no sabor é crucial para garantir a aceitação do consumidor, e as empresas precisam equilibrar a busca por melhorias na fórmula sem comprometer o perfil sensorial apreciado pelos consumidores.

2 – Textura e Consistência

Modificações na fórmula podem influenciar esses atributos, resultando em uma sensação diferente na boca. Com isso, garantir que a textura seja mantida ou melhorada é um verdadeiro desafio, especialmente ao lidar com substituições de ingredientes.

3 – Aroma e Fragrância

Mudanças na fórmula podem afetar o aroma do produto, que é um componente essencial da experiência sensorial. Manter a identidade olfativa do produto original pode ser desafiador, principalmente quando há substituições de ingredientes ou ajustes nos processos de produção.

4 – Cor e Aparência Visual

Alterações na fórmula podem levar a variações na cor, o que pode ser percebido como uma mudança na qualidade ou frescura do produto pelo consumidor. 

Lembre-se: a manutenção da aparência original é fundamental para evitar reações negativas dos consumidores.

5 – Reações de Intolerância Alimentar

Substituições de ingredientes podem ser necessárias para atender a requisitos regulatórios, como a eliminação de alérgenos. No entanto, isso pode afetar a aceitação do produto por consumidores que não possuem intolerâncias alimentares. 

Lembre-se: encontrar alternativas que não comprometam a qualidade sensorial é um desafio nesse contexto.

6 – Consistência do Produto ao Longo do Tempo

Manter a consistência sensorial ao longo do tempo, mesmo diante de variações sazonais em ingredientes ou condições de produção, é um desafio. 

#DicaDeOuro: as empresas precisam garantir que o produto tenha a mesma qualidade sensorial em diferentes lotes e em diferentes momentos do ano.

7 – Aceitação do Consumidor

O maior desafio muitas vezes é garantir que os consumidores aceitem a nova formulação. Mudanças significativas na fórmula podem resultar em resistência por parte dos consumidores, especialmente se o produto original já possui uma base de fãs estabelecida.

8 – Testes e Avaliação

A realização de testes de aceitação do consumidor e análises sensoriais é fundamental para avaliar o impacto das mudanças na fórmula. Isso requer recursos significativos, incluindo tempo e expertise em análise sensorial.

Quais os Métodos de Avaliação Sensorial Utilizados após uma Alteração de Fórmula?

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Após uma alteração de fórmula em um produto alimentício, é crucial realizar uma avaliação sensorial para garantir que a qualidade sensorial seja mantida ou, idealmente, aprimorada. 

Como você bem sabe, para isso existem vários métodos e técnicas de avaliação sensorial que as empresas podem utilizar para avaliar o impacto das alterações na fórmula. Confira alguns deles:

1 – Testes de Preferência e Aceitação do Consumidor

Esses testes envolvem a apresentação do produto original e da versão modificada para um grupo de consumidores, para que assim eles avaliem a preferência geral, a aceitação e a intenção de compra. 

#FoodtestRessalta: questionários estruturados e escalas sensoriais são frequentemente utilizados para coletar dados quantitativos sobre a aceitação do produto.

2 – Testes Descritivos Quantitativos (QDA)

Esses testes envolvem painéis treinados de avaliadores que descrevem e quantificam as características sensoriais do produto. Os avaliadores são treinados para identificar nuances de sabor, aroma, textura, cor e outros atributos específicos. 

Após essa fase, os dados resultantes são analisados estatisticamente para avaliar as diferenças entre as formulações.

3 – Perfil de Textura

A análise instrumental da textura é frequentemente utilizada para avaliar as características táteis dos produtos alimentícios. Testes como o perfil de textura envolvem o uso de equipamentos para medir parâmetros como dureza, elasticidade, aderência, entre outros, proporcionando dados objetivos sobre as mudanças na textura.

4 – Análise Descritiva por Profissionais (ADP)

Esse método envolve um painel de especialistas treinados que avaliam e descrevem detalhadamente as características sensoriais do produto. Os especialistas podem utilizar termos padronizados para descrever aspectos como sabor, aroma, textura e aparência visual. 

Lembre-se: a análise dos dados é realizada para identificar diferenças significativas.

5 – Análise de Perfil Livre (APL)

Neste método, os avaliadores descrevem livremente as características percebidas do produto, sem restrições predefinidas. A partir disso, é possível que se resulte em informações mais abrangentes e, muitas vezes, é usado em conjunto com outros métodos descritivos.

6 – Testes de Diferença

Testes de diferença, como o teste triangular, podem ser utilizados para determinar se os consumidores ou avaliadores conseguem identificar diferenças sensoriais entre a fórmula original e a modificada.

Atenção: este método ajuda a identificar a capacidade de percepção de mudanças.

7 – Análise de Estabilidade Sensorial

Avalia a estabilidade das características sensoriais ao longo do tempo. Os produtos são armazenados sob diferentes condições (temperatura, umidade, luz) para simular condições reais de prateleira e avaliar possíveis alterações sensoriais ao longo do tempo.

8 – Avaliação de Atributos Específicos

Focar em atributos específicos relevantes para o produto, como a intensidade de um determinado sabor, a presença de determinado aroma, ou a mudança na cor. Isso permite uma análise mais detalhada das mudanças sensoriais específicas.

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BÔNUS: Conselhos Práticos para Empresas

Em primeiro lugar, é fundamental realizar testes de estabilidade, submetendo o produto a diferentes condições ambientais, como variações de temperatura e umidade. Estes testes ajudam a avaliar a capacidade do produto de manter suas características físicas, químicas e sensoriais ao longo do tempo. Essa análise é crucial para identificar possíveis problemas decorrentes da alteração na fórmula.

Outro aspecto crucial é a comunicação transparente com os consumidores. Informar de maneira clara e objetiva sobre a alteração na fórmula, destacando os motivos por trás dessa decisão e os benefícios que ela pode trazer, ajuda a construir confiança. Essa transparência contribui para a aceitação do produto pelos consumidores, mostrando que a empresa valoriza a relação com seu público.

Além disso, é importante manter registros detalhados de todas as etapas do processo de alteração da fórmula. Isso inclui informações sobre os ingredientes utilizados, métodos de produção, resultados de testes de estabilidade e análises sensoriais. Essa documentação é valiosa para monitorar o desempenho do produto ao longo do tempo e, se necessário, realizar novos ajustes na fórmula.

Por fim, contar com o suporte de profissionais especializados em análise sensorial e controle de qualidade é crucial. Esses especialistas podem fornecer insights valiosos e orientar as empresas na condução de testes rigorosos, assegurando que o produto mantenha sua qualidade e aceitação no mercado mesmo após a alteração da fórmula.


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Uma alteração de fórmula de um produto não é brincadeira e deve ser realizada com o máximo de cuidado e atenção, além de sempre levar em consideração a cada passo o feedback mais importante de todos: o do consumidor final.

Além disso, como comentamos anteriormente, contar com a ajuda profissional de especialistas em análise sensorial deve ser prioridade logo no início do processo. Afinal, é com a ajuda e conhecimento deles que sua empresa poderá alcançar máxima assertividade na mudança desejada, sem que isso impacte negativamente as vendas ou aceitação do público.

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